Quem foi o pai de Simão Pedro na Bíblia?

Ao estudar a Bíblia, você já teve curiosidade acerca de quem foi o pai de Simão Pedro? Apesar de Pedro ser uma das figuras mais destacadas do Novo Testamento, encontramos poucos detalhes sobre sua infância. No entanto, conforme você se aprofunda na leitura, desvenda algumas informações importantes sobre a ancestralidade e a vida desse renomado seguidor de Jesus.

Pai de um discípulo influente

Simão Pedro emerge como uma figura incontestavelmente influente no Novo Testamento. Inicialmente conhecido como Simão, ele adotou o nome adicional de Pedro após receber uma nova designação de Jesus (João 1:42). A palavra “Pedro” traduz-se como “pedra” em grego, simbolizando a rocha.

Como um dos doze discípulos, Pedro é proeminente nos Evangelhos, sendo citado mais vezes do que qualquer outro. Ele compartilhou uma proximidade singular com Jesus, integrando seu círculo íntimo.

Pedro destacou-se por sua ousadia, impulsividade e amor profundo por Cristo. Após a ascensão de Jesus, Pedro desempenhou um papel fundamental na igreja primitiva, contribuindo significativamente para a disseminação do Evangelho no Império Romano.

Entretanto, antes de seu encontro com Jesus e da extraordinária jornada de fé que se seguiu, Pedro originava-se de uma humilde trajetória.

Criado em Betsaida, uma pequena vila de pescadores às margens do Mar da Galileia, conforme João 1:44, a cidade natal de Pedro coincidia com a de Filipe e André.

A pesca constituía a profissão familiar, com Pedro e André compartilhando o ofício com seu pai, dedicando-se à pesca e à manutenção de redes (Mateus 4:18-20).

A questão sobre a identidade do pai de Simão Pedro suscita curiosidade. A Bíblia fornece algumas pistas sobre essa questão, as quais exploraremos neste texto. Convido você a se unir a mim enquanto examinamos as evidências bíblicas sobre a ancestralidade e a vida doméstica de um dos discípulos mais renomados do Cristianismo.

O pai de Simão Pedro chama-se Jonas

O progenitor de Simão Pedro atendia pelo nome de Jonas, um detalhe crucial que se encontra registrado uma única vez em todo o Novo Testamento, mais especificamente em João 21:15-17:

¹⁵ E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
¹⁶ Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
¹⁷ Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu

Nesse comovente diálogo pós-ressurreição, Jesus, por três vezes, questiona Pedro sobre seu amor, estabelecendo um paralelo com as três ocasiões em que Pedro o negou anteriormente. Em cada interação, Jesus se dirige a Pedro como “Simão, filho de Jonas“.

O nome Jonas, que significa “pomba” em hebraico, identifica claramente o pai de Pedro. Este fato era amplamente reconhecido tanto por Jesus quanto pelos discípulos.

Embora o nome Jonas fosse comum na Palestina do primeiro século, destacando-se o profeta Jonas do Antigo Testamento, este Jonas específico exerceu uma profunda influência sobre seu filho.

Notavelmente, o nome de batismo de Pedro também era João. A designação Simão ou Simeão provavelmente representava seu apelido ou nome judaico, utilizado em conjunto com João.

O pai de Pedro era pescador

O pai de Simão Pedro, Jonas, desempenhava a profissão de pescador, revelando-se como o segundo detalhe significativo sobre sua vida.

Essa característica é evidenciada em várias passagens, como em Mateus 4:21, onde Jesus, ao chamar Pedro e seu irmão André, os encontra com seu pai Zebedeu consertando as redes no barco. Imediatamente, os dois irmãos abandonam tanto o barco quanto o pai para seguir Jesus.

Outra confirmação da ocupação de Jonas é encontrada em Lucas 5:2-3:

² E viu estar dois barcos junto à praia do lago; e os pescadores, havendo descido deles, estavam lavando as redes.
³ E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão.

Estes versículos destacam claramente que a pesca constituía o sustento da família de Pedro. Jonas, em parceria com Zebedeu (pai de Tiago e João), possuía barcos e praticava a pesca regularmente no Mar da Galileia. Quando Jesus chamou esses discípulos, eles deixaram para trás não apenas seus barcos e redes, mas também os meios de subsistência de seus pais.

A infância de Pedro, André, Tiago e João foi moldada pelo aprendizado da arte da pesca ao longo da costa da Galileia. Seus pais os instruíram na arte de lançar redes, navegar em barcos e lidar com as nuances da pesca diária.

Dessa forma, fica evidente que o pai de Simão Pedro sustentava sua família como pescador, uma ocupação comum e essencial naquela região.

O que aprendemos sobre quem foi o pai de Pedro?

A figura de Jonas, o pai de Pedro, oferece lições profundas sobre a influência familiar e o impacto que os pais podem ter nas vidas de seus filhos. O fato de Jonas ser um pescador revela não apenas sua ocupação, mas também a transmissão de habilidades e valores de uma geração para outra.

A profissão de pescador não era apenas um meio de subsistência, mas uma tradição familiar que moldou a identidade de Pedro e seus irmãos.

Além disso, o encontro de Jesus com Pedro nas margens do Mar da Galileia, durante o qual Ele o chama pelo nome de família, “Simão, filho de Jonas“, destaca a importância do contexto familiar no chamado espiritual. Essa conexão pessoal e identificação com a linhagem familiar enfatiza que Deus está envolvido nas histórias familiares e usa as raízes familiares como parte integrante de Seu plano para as vidas das pessoas.

Por fim, a disposição de Pedro em seguir Jesus, deixando para trás sua profissão familiar e as expectativas associadas a ela, destaca a prioridade do compromisso com Deus sobre os laços terrenos.

A história de Jonas, como pai de Pedro, ilustra que, independentemente da ocupação ou tradições familiares, a fé e a resposta ao chamado divino podem transcender as influências terrenas, moldando o curso espiritual de uma vida.

André Lourenço

Bacharel e professor de Teologia, Graduado em Gestão da Qualidade e Pós Graduado em Psicologia nas Organizações, André possui mais de 17 anos de experiência na pregação e ensino da Bíblia. É autor de cursos de Homilética e Hermenêutica. Já escreveu centenas de estudos bíblicos e ministra na EBD. Se considera um eterno aprendiz e apaixonado por Compartilhar a Palavra de Deus!

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
WhatsApp