UNGUENTO – Significado
UNGUENTO – Esta palavra tem várias traduções no texto original da Bíblia:
(1) Heb. shemen, que significa “óleo” e é usado em diversos contextos (2 Reis 20.13; Salmo 133.2; Provérbios 27.9, 16; Cantares 1.3; 4.10; Isaías 1.6; 39.2; 57.9; Amós 6.6).
(2) Heb. mirqahat, que se refere a um “composto misto” e é mencionado em contextos como Êxodo 30.25, 2 Crônicas 16.14 e Jó 41.31.
(3) Gr. myron, que significa “mirra” ou “bálsamo aromático”, mas que frequentemente é traduzido como “unguento” em algumas versões da Bíblia (Mateus 26.9, 12; Marcos 14.3, 4; Lucas 7.37, 38, 46; 23.56; João 11.2; 12.3, 5; Apocalipse 18.13).
O unguento desempenhava um papel significativo nos tempos bíblicos e era geralmente composto por vários ingredientes, incluindo azeite ou óleo de bezerros como base, bem como mirra, nardo, cássia e outras especiarias. Sua preparação exigia a habilidade de um boticário ou perfumista (Êxodo 30.25-35; 37.29; Neemias 3.8; Eclesiastes 10.1).
O unguento tinha várias aplicações:
Cosmético: Era usado como perfume em climas quentes, em ocasiões festivas, e até mesmo na cabeça e roupas (Rute 3.3; Ester 2.12; Eclesiastes 7.1; 9.8; Provérbios 27.9, 16). Maria, irmã de Marta, ungiu os pés de Jesus com um unguento caro (Mateus 26.6-13; Marcos 14.3-9; João 12.2-8; Lucas 7.37, 38).
Funeral: Unguentos e óleos eram usados para preparar os corpos dos falecidos e os tecidos em que eram envolvidos (2 Crônicas 16.14; Mateus 26.12; Marcos 14.3, 8; Lucas 23.56; João 12.3, 7; 19.40).
Medicinal: Unguentos tinham usos medicinais, como mencionado em Isaías 1.6. O bálsamo de Gileade, por exemplo, era conhecido por suas propriedades curativas (Jeremias 8.22; 46.11; 51.8), assim como o colírio mencionado em Apocalipse 3.18 (cf. João 9.6).
Ritual: Moisés foi instruído a preparar um unguento especial para a unção do Tabernáculo, seus acessórios, a Arca da Aliança, Arão e seus filhos (Êxodo 30.22-33). Esta fórmula era considerada tão sagrada que apenas sacerdotes podiam prepará-la e usá-la em rituais (Êxodo 30.32-33). Nunca deveria ser usado por alguém que não fosse sacerdote ou sobre alguém em excomunhão (Êxodo 30.33).