Apóstolo Paulo: História e Lições da Vida de Saulo de Tarso
Paulo, também conhecido como Saulo, Paulo de Tarso e São Paulo, foi um grande apóstolo de Jesus. Ele escreveu mais do que qualquer outro autor do Novo Testamento e impactou poderosamente o cristianismo com seus ensinos.
A história de Paulo na Bíblia é fascinante, e conhecer a vida e ministério deste apóstolo de Cristo é essencial para entender o cristianismo. Como um dos personagens mais conhecidos pelos cristãos, sua biografia inspira e está repleta de lições valiosas.
Resumo de quem foi o apóstolo Paulo
Aa história de Paulo na Bíblia começa quando ele presencia o apedrejamento de Estevão. A Bíblia diz que “as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo.”
Paulo, um dos líderes mais influentes da igreja cristã primitiva, desempenhou um papel crucial na propagação do evangelho entre os gentios durante o primeiro século, e suas viagens missionárias o levaram por todo o império romano.
Mas, antes da fama de defensor incansável do cristianismo, Saulo de Tarso antes de se converter, tinha fama de perseguidor dos cristãos. De fato, ele estava presente na morte do primeiro mártir cristão, Estêvão, e aprovou seu apedrejamento (Atos 8:1).
No caminho de Damasco ele teve um encontro com Cristo que mudou sua vida. aulo se converte e recebe o chamado para pregar o evangelho.
Para resumir a história de Paulo, ele foi instrumento de Deus para fundar, edificar e doutrinar igrejas. Além disso, seus ensinamentos alcançaram milhares de pessoas ao longo de séculos.
Ele fundou várias igrejas e escreveu cerca de 29% do Novo Testamento sendo autor de 13 livros da Bíblia. Por essa razão, Paulo é uma das pessoas mais influentes da história.
Fatos importantes sobre Paulo
Grande parte do nosso conhecimento sobre o apóstolo Paulo (conhecido também como São Paulo ou Saulo de Tarso) estão no Livro de Atos. No entanto, há também alguns documentos do final do primeiro e início do segundo século que fazem referência a ele, como a carta de Clemente de Roma aos Coríntios.
Aqui estão, portanto, alguns fatos sobre quem foi o apóstolo Paulo:
1. Um hebreu de hebreus
Antes de se tornar um seguidor de Cristo, Paulo foi um excelente exemplo de judeu “justo”. Ele veio de uma família temente a Deus (2 Timóteo 1:3). Ele era um fariseu como seu pai (Atos 23:6), educado por um respeitado rabino chamado Gamaliel (Atos 22:3).
A identidade de Paulo costumava estar enraizada em seu judaísmo, mas depois de sua dramática conversão na estrada para Damasco, sua identidade como judeu tornou-se secundária à sua identidade como seguidor de Cristo.
Ele passou grande parte de seu ministério desfazendo a ideia de que, para ter uma fé salvadora em Jesus, os gentios devem primeiro “tornar-se judeus” adotando a Lei mosaica.
Ser um “hebreu de hebreus” deu-lhe credibilidade e experiência ao falar para um público judaico, e além disso, o ajudou a falar sobre a incapacidade da Lei de tornar as pessoas justas.
2. Um cidadão romano
Paulo nasceu em Tarso, uma cidade próspera na província da Cilícia, que lhe concedeu a cidadania romana. Esse status lhe deu privilégios especiais e, em alguns casos, o salvou de abusos (Atos 22:25-29).
Por exemplo, no capítulo 25 de Atos, Paulo enfrentou acusadores que queriam seu julgamento e morte (Atos 25:3). No entanto, para se proteger, Paulo usou sua cidadania romana para exigir que o próprio César ouvisse o seu caso (Atos 25:11). Então, o procurador teve que conceder esse direito. Infelizmente, a história de Paulo não é o foco de Atos e o livro termina antes que ele chegue até César.
Como cidadão romano, Paulo possuía um status cobiçado. Alguns, como o centurião em Atos 22:28, tiveram que pagar muito para tê-lo. Outros serviram 25 anos nas forças armadas romanas para obtê-lo. Mas Paulo nasceu com esse privilégio.
Ele não se orgulhou desse status, mas pregou sobre uma cidadania que todos poderiam receber aceitando Jesus como Salavador.
3. Um perseguidor de cristãos
Como fariseu, antes de sua conversão ao cristianismo, Paulo via os cristãos como uma ameaça para o judaísmo. Da perspectiva de Paulo, essas pessoas estavam blasfemando contra Deus desviando seu povo. Ele acreditava que Jesus era um impostor e, portanto, as pessoas o executaram de forma legítima por alegar ser Deus.
E como os cristãos continuavam espalhando a ideia de que Jesus era Deus, Paulo os considerava como pecadores da pior espécie.
Portanto, não deve ser surpresa que Paulo tenha feito sua estreia na Bíblia como um intenso perseguidor dos cristãos.
Quando apedrejaram Estêvão até a morte por pregar o evangelho, “as testemunhas depuseram suas túnicas aos pés de um jovem chamado Saulo… E Saulo aprovou que o matassem” (Atos 7:58–8:1).
Mais tarde, Paulo pediu permissão ao sumo sacerdote para levar os cristãos (conhecidos como seguidores do “Caminho”) como prisioneiros (Atos 9:1–2)
A notoriedade de Paulo como perseguidor deixou os crentes desconfortáveis. Mesmo depois de seu batismo, levou um tempo para eles acreditarem de fato na mudança de Paulo (Atos 9:26).
4. Um fazedor de tendas
E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas.
Atos 18:3
De acordo com Atos 18:3, Paulo tinha como profissão fazer tendas. A expressão é mais precisa se traduz como “trabalhadores em couro”, pois as tendas se faziam com pelos ou couro de cabra.
Priscila e Áquila tinham a mesma profissão de Paulo. A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal explica:
“Todo menino judeu aprendia um oficio e tentava ganhar a vida com ele. Paulo e Áquila haviam sido treinados para fabricar tendas, cortando e costurando os tecidos de lã de cabra, usados na confecção delas. As tendas eram usadas para alojar os soldados. Sendo assim, podem ter sido vendidas para o exército romano. Como um profissional liberal, Paulo poderia ir aonde Deus o levasse, pois teria seu sustento garantido. A expressão “fabricante de tendas” também costumava ser utilizada para quem trabalhava com couro. […] Paulo disse aos judeus que havia feito tudo o que podia por eles” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – CPAD, 2004, p.1526).
5. Um líder na igreja cristã primitiva
Logo depois da sua conversão, Paulo começou a pregar publicamente se esforçando para provar que Jesus era o Cristo (Atos 9:20-22).
Em todo o resto de Atos, Paulo desempenha um papel fundamental em levar o evangelho às comunidades não judaicas. Como podemos ver nas suas próprias cartas, as igrejas o respeitavam imensamente.
Na maioria, suas cartas frequentemente abordam problemas e questões sobre as quais essas igrejas enfrentavam.
6. Um apóstolo para os gentios
Embora o status de Paulo como fariseu e sua intensa devoção à Lei o tornasse apto para pregar aos judeus, Paulo tinha um chamado diferente. Antes mesmo de Paulo pregar o evangelho, Jesus disse:
“Este homem é o meu instrumento escolhido para proclamar o meu nome aos gentios e seus reis e ao povo de Israel.”
(Atos 9:15)
Curiosidade: Paulo proclamou o nome de Jesus a um rei gentio. Em Atos 26, ele compartilhou o evangelho com o rei Herodes Agripa II enquanto ele estava sendo julgado em Cesaréia.
Até mesmo os outros apóstolos reconheceram a vocação de Paulo como apóstolo para os gentios. (Gálatas 2:6-9)
Em sua carta à igreja em Gálatas, Paulo enfatizou aos gálatas que eles não precisavam seguir a Lei de Moisés para receberem a salvação.
Como apóstolo dos gentios, Paulo não apenas precisava engajar as culturas que estava tentando alcançar, mas também precisava proteger esses novos crentes do peso da obrigação que os cristãos judeus tentavam impor a eles.
Ele ensinava que os gentios não precisavam adotar costumes judaicos como a circuncisão para colocar sua fé em Jesus e receber o Espírito Santo.
7. Um missionário
Paulo estabeleceu numerosas igrejas em toda a Europa e Ásia Menor. Ele sempre ia para regiões onde ninguém tinha evangelizado antes (Romanos 15:20).
O Livro de Atos e as cartas de Paulo registram especificamente três viagens missionárias a várias cidades da Europa e da Ásia, cada uma com duração de vários anos.
Onde quer que fosse, Paulo estabeleceu novas igrejas e ajudou esses novos crentes a desenvolver sua própria liderança.
Ele se correspondia com essas igrejas regularmente e as visitava sempre que podia. Ocasionalmente, eles o apoiavam financeiramente para que ele pudesse continuar seu ministério em outro lugar (Filipenses 4:14-18, 2 Coríntios 11:8-9).
8. Um homem usado por Deus
Antes de Jesus ascender ao céu, ele prometeu a seus seguidores que eles receberiam poder através do Espírito Santo (Atos 1:8). Deus usou tremendamente a vida do apóstolo Paulo na cura, libertação e milagres sobrenaturais.
Aqui estão os milagres associados a Paulo na Bíblia:
- Ele fez um feiticeiro ficar temporariamente cego (Atos 13:11).
- Ele curou um homem que era coxo desde o nascimento (Atos 14:8-10).
- Ele expulsou um espírito de uma jovem adivinhadora que o incomodava (Atos 16:16-18).
- Ele curou pessoas e expulsou espíritos através de objetos que tocou (Atos 19:11-12).
- Ele ressuscitou um jovem chamado Êutico (Atos 20:9-12).
- Uma cobra venenosa o mordeu e nada aconteceu com ele (Atos 28:3-5).
- Ele curou um homem com febre e disenteria (Atos 28:8).
A infância de Paulo
Ele nasceu em uma família judaica na cidade de Tarso, que era predominantemente gentia. Mesmo sendo um judeu devoto, é certo que ele foi influenciado pela cultura helênica. Isso significa que, embora tenha sido criado como judeu, cresceu em um ambiente com forte presença da cultura grega.
Paulo era judeu do ponto de vista religioso, mas criado na cultura grega.
A educação de Paulo
Paulo viveu em Tarso até os doze anos e foi a Jerusalém para estudar a lei judaica com um homem chamado Gamaliel.
Gamaliel era altamente respeitado entre os mestres religiosos judaicos. Era uma grande honra para Paulo se tornar um de seus discípulos.
Certamente, ele era uma criança bem dotada e demonstrava alguma paixão pelo estudo das Escrituras hebraicas.
Ter o privilégio de estudar no templo de Jerusalém, com um mestre como Gamaliel, representou uma forma de preparação significativa para o ministério que Deus tinha em mente para ele.
A herança de Paulo
Paulo era um um judeu devoto profundamente dedicado. Ele mesmo descreveu a sua herança judaica em Filipenses.
“Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível” (Fp 3:4-6).
Em todas as suas declarações, ele afirma e até prova as suas raízes judaicas. Além disso, ele destaca que não era apenas judeu comum. Ele era legítimo, um hebreu dos hebreus, um fariseu, um perseguidor da igreja.
Ele não se considerava um judeu meia boca, ele se orgulhava de ser 100% judeu.
O que motivou Paulo a se render a Cristo?
Saulo de Tarso passou por uma transformação radical, o zeloso perseguidor dos cristãos tornou-se um apaixonado seguidor de Cristo. Mais tarde conhecido como Paulo, ele dedicou seu tempo, energia e talento para Deus. Mas, o que o motivou a entregar sua vida de todo o coração a Jesus?
Segundo a Bíblia, podemos apontar alguns motivos:
1. Sacrifício de amor de Jesus. Antes da salvação, Paulo se opôs a todos os que creram em Jesus como o Messias. Em sua conversão, esse perseguidor de cristãos percebeu que Cristo morreu voluntariamente na cruz por causa de seu amor pela humanidade.
Jesus deixou Seu lar celestial, sofreu e morreu para que pudéssemos ser reconciliados com Deus. O sacrifício do Senhor na cruz motivou o apóstolo a falar aos outros sobre Seu amor abrangente (Efésios 3:18).
2. Gratidão pela salvação. Na estrada para Damasco, o inimigo de Cristo tornou-se membro de Sua família. Paulo chamou a si mesmo de o pior dos pecadores, reconhecendo que era indigno de salvação e indigno de misericórdia ou favor (1 Timóteo 1: 15-16). Foi a gratidão pela salvação que alimentou sua devoção e dedicação à causa de Cristo.
3. O poder do evangelho para transformar vidas. A própria experiência do apóstolo o fez desejar ver outros resgatados da escravidão do pecado para que pudessem experimentar a graça de Deus . Ele queria que muitos se beneficiassem do poder salvador e transformador do evangelho.
Que idade tinha o apóstolo Paulo quando se converteu?
Paulo, ainda chamado Saulo na época, tinha cerca de 28 anos quando ocorreu seu encontro com Jesus. Depois de ter se tornado um fervoroso discípulo do Nazareno.
Em que época Paulo viveu?
Estudiosos acreditam que Paulo nasceu em algum momento entre 5 aC. e 5 dC. E sua morte ocorreu por volta de 64 ou 67 dC. Embora ele fosse contemporâneo de Jesus, eles nunca se cruzaram, pelo menos, não antes de Jesus morrer.
Por volta do primeiro século, as coisas estavam bem agitadas. Os cristãos enfrentava muitos problemas com sua fé. Eles sofriam com os judeus, que achavam que era blasfêmia, e pelos romanos, que pensavam que ela desafiava o governo e causava confusão.
Antes, como líder da comunidade judaica, Paulo via a igreja que se espalhava rapidamente como uma ameaça e contribuiu diretamente para essa perseguição.
Saulo se tornou Paulo?
É um equívoco comum afirmar que Deus mudou o nome de Saulo para Paulo. Mas não há nenhum versículo que diga isso. E Paulo e Saulo são na verdade duas versões do mesmo nome.
É certo que pouco depois de Saulo se converter, Lucas nos usa o nome “Paulo” (Atos 13:9), e depois, muitas vezes a Bíblia se refere a ele como Paulo. Mas Jesus não o refere como Paulo, e as pessoas ainda o chamavam de Saulo mais 11 vezes após sua conversão.
É verdade que no Antigo Testamento, Deus ocasionalmente mudava os nomes das pessoas para representar mudanças significativas em sua identidade. Por exemplo, Abrão tornou-se Abraão em Gênesis 17:5, e Jacó tornou-se Israel em Gênesis 32:28. Mas esse não é o caso aqui.
A realidade é que Saulo (Saul) era um nome hebraico e Paulo era uma versão grega do mesmo nome.
Semelhante a como “Tiago” é a forma grega de “Jacó” e “Judas” é a forma grega de “Judá”.
O que aconteceu com Paulo no deserto?
Após a conversão de Paulo, ele ficou escondido no deserto por três anos, durante os quais o Espírito Santo o instruiu nos caminhos de Deus. Foi um tempos necessário de provação e preparo de Deus na vida de Paulo.
Os crentes precisam compreendam a verdade, se conformar com a verdade e comunicar a verdade. Esses mesmos passos formam um roteiro para o discipulado. O que aconteceu durante os anos de deserto de Paulo foi apenas o começo de um processo para toda a vida. Deus renovou sua mente e o transformou à imagem de Cristo.
Para o apóstolo, essa mudança começou ao conectar seu rico conhecimento bíblico à revelação de que Jesus Cristo era o Filho de Deus.
Embora Paulo conhecesse a fundo as Escrituras, ele precisava se aprofundar na verdade de que Jesus era o Messias prometido. Ou seja, tudo o que ele sabia sobre Deus teve que ser reavaliado à luz dessa nova informação.
Deus precisava moldar Paulo de acordo com a Sua vontade. E mesmo depois de deixar o deserto, Deus continuou trabalhando nele por muito tempo.
Quando lemos as cartas de Paulo, percebemos um homem verdadeiramente transformado pelo Espírito Santo.
O que aconteceu com Paulo em Filipos?
Lemos em Atos 16 que quando Paulo estava em Filipos, espancaram e prenderem ele (Atos 16:35-40).
Quando amanheceu, os líderes enviaram seus soldados ao guarda da prisão com uma ordem: “Solte esses homens”.
O guarda da prisão disse a Paulo e Silas: “Os líderes ordenaram que vocês sejam libertados. Agora estão livres para ir embora em paz”.
No entanto, Paulo disse aos soldados: “Nós somos cidadãos romanos e eles nos puniram publicamente sem um julgamento justo, nos jogando na prisão. E agora querem nos liberar secretamente? Não! Eles que venham pessoalmente nos libertar”.
Os soldados contaram isso aos líderes, que, ao ouvirem que Paulo e Silas eram romanos, ficaram assustados. Eles foram pedir desculpas, levaram Paulo e Silas para fora da prisão e pediram que saíssem da cidade.
Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas foram até a casa de Lídia, onde encontraram outros seguidores, os encorajaram e então partiram.
Como um não romano, depois de solto da prisão, ele deveria sair da cidade. Mas como cidadão romano, ele tinha direitos que o protegiam contra receber um tratamento como esse.
O apelo do Apóstolo Paulo a César
Em Atos 26:32, Lucas registrou uma terceira vez em que Paulo usou os privilégios de sua cidadania romana.
Ele havia expressado em sua carta aos romanos seu desejo forte de visitar a igreja em Roma. Apelando a César, o governo romano, então tinham a obrigação a enviá-lo a Roma.
Lucas descreveu a aventura que ele e Paulo tiveram em sua viagem para Roma em Atos 27:1–28:10 (note o uso que Lucas faz de “nós” em 27:1).
Como Paulo era um judeu devoto e um cidadão romano, fazia diferença. Sua cidadania romana lhe deu direitos que lhe permitiam ministrar sem as restrições impostas a não-cidadãos.
Ele também era um hebreu entre hebreus. Ele tinha o direito de entrar na sinagoga e falar com aqueles que ali estavam reunidos. Por causa de sua educação excelente sob Gamaliel, ele conhecia as Escrituras como poucos.
Quando ele apresentou Jesus como o Messias, ele podia fazer isso com sabedoria usando as Escrituras hebraicas.
Quando desafiado pelo rabino ou escriba local sobre a sua alegação de que Jesus fosse o Messias, ele podia “debater com eles a partir das Escrituras.”
Paulo podia citar e argumentar, a partir da lei e dos profetas, de que Jesus era o Filho de Deus que veio trazer a salvação ao Seu povo.
Um Apóstolo nomeado por Deus
Além de sua educação sob Gamaliel e sua cidadania romana, Paulo era um verdadeiro apóstolo. O que diferenciava Paulo como apóstolo era o fato de que o próprio Jesus orevelou.
Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
Gálatas 1:12
E Paulo reivindicava de forma consistente em suas epístolas que ele era um apóstolo nomeado por Deus. Essa é uma reivindicação ambiciosa, mas nenhum dos outros apóstolos jamais a refutou. Seus colegas, seus companheiros, aceitavam Paulo como um apóstolo genuíno.
Também sabemos que o próprio Espírito Santo nomeou e ordenou Paulo como apóstolo para os gentios.
Atos 13 registra a comissão de Paulo para a sua primeira viagem missionária. Paulo e Barnabé estavam ministrando para a igreja em Antioquia, quando o Espírito Santo disse:
“Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (Atos 13:2).
Então, quando eles jejuaram e oraram e impuseram as mãos sobre eles, os presbíteros os enviaram para pregar o evangelho aos gentios.
Quanto tempo Paulo levou para começar a pregar?
“DEPOIS, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito. E subi por uma revelação, e lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.” – Gálatas 2:1-2
Alguns estudiosos da Bíblia apontam Gálatas 2:1-2 para afirmar que Paulo esperou 14 anos para começar a pregar o evangelho publicamente.
A primeira viagem missionária do Apóstolo Paulo
Depois de nomeado e ordenado pelos presbíteros da igreja de Antioquia, Paulo e Barnabé partiram para Chipre e depois foram para a Galácia. Eles plantaram igrejas naquela região e depois escreveriam cartas para elas.
Podemos então, entender melhor a primeira viagem missionária de Paulo, se integramos a epístola que ele escreveu aos Gálatas ao registro de Lucas em Atos 13 e 14.
E enriquecemos essa experiência missionária ainda mais, quando incluímos o Concílio de Jerusalém, registrado em Atos 15.
Quando os apóstolos e presbíteros em Jerusalém validaram a alegação de Paulo e Barnabé, de que os gentios poderiam ser salvos pela graça e através da fé junto com os judeus, eles estavam afirmando o cerne da mensagem do evangelho.
Ler o livro de Gálatas sem Atos 13–15 resulta em uma compreensão mais rasa de Gálatas.
Ler Atos 13–15 sem o livro de Gálatas é pôr a perder o significado teológico profundo do Concílio de Jerusalém registrado em Atos 15.
A segunda viagem missionária do Apóstolo Paulo
Na sua segunda viagem, depois de sua separação de Barnabé (Atos 15:36–41), Paulo pediu a Timóteo para se unir à equipe (Atos 16:1–5).
Eles viajaram cruzando a área conhecida naquele tempo, como Ásia (atual Turquia) e pararam na cidade de Trôade, na costa ocidental daquela região.
Em resposta a uma visão, Paulo e seus companheiros foram para a Macedônia e plantaram a igreja em Filipos (16.:11– 40).
De Filipos eles foram para Tessalônica e plantaram uma igreja por lá (17:1–9).
Depois de paradas de ministério em Bereia e Atenas (17:10–34), eles foram para Corinto, onde permaneceram dezoito meses (18:1–17).
Depois, Paulo partiu para a sua base domiciliar, na Antioquia síria, e, no caminho, fez uma breve parada em Éfeso e plantou uma igreja por lá (18:18–22).
Quando lemos as cartas de Paulo para as igrejas de Filipos, Tessalônica, Corinto e Éfeso, integrando as suas histórias com Atos, obtemos uma compreensão enriquecida do que ele lhes escreveu.
Quando entendemos melhor essas igrejas, lendo as cartas que Paulo escreveu para elas, vamos ler os registros de seus primórdios em Atos em um sentido enriquecido.
A terceira viagem missionária do Apóstolo Paulo
Depois de sua segunda viagem e uma breve visita a Antioquia, Paulo retornou a Éfeso em uma terceira viagem. Nessa viagem, registrada em Atos 18:21–21.26, Paulo mudou a sua base de operações da Antioquia para Éfeso.
Desse modo, ele podia viajar de forma mais conveniente para as igrejas, que havia plantado naquela região na sua segunda viagem.
Ele viveu em Éfeso por aproximadamente três anos (18:23–21:14) e viajou para as igrejas em Filipos, Tessalônica e Corinto, onde ministrou para esses novos crentes.
Ele também estava coletando dinheiro nessas igrejas para a igreja em Jerusalém, onde eles estavam passando um período de intensa fome.
Depois que Paulo terminou a terceira viagem, ele retornou a Jerusalém com o dinheiro que havia coletado. Ali em Jerusalém, prenderam-no injustamente, acusando-o falsamente de blasfêmia. Ele passou os quatro anos seguintes na prisão.
A prisão de Paulo
Após ser preso em Jerusalém (Atos 21:15–23:11), Paulo foi encaminhado para Cesareia, onde permaneceu na prisão por dois anos (Atos 23:12–26:32).
Por fim, ele apelou para César e foi enviado a Roma, onde ficou em prisão domiciliar aguardando sua audiência (Atos 27-28).
O registro de Lucas em Atos termina com Paulo em prisão domiciliar em Roma:
“Por dois anos inteiros Paulo permaneceu na casa que havia alugado, e recebia a todos os que iam vê-lo. Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente e sem impedimento algum” (At 28:30-31).
A quarta viagem missionária do Apóstolo Paulo
Reunindo algumas cartas de Paulo e a partir da tradição da igreja antiga, compreendemos que, após ter sido libertado da prisão em Roma, Paulo viajou para a Espanha para divulgar o evangelho, visitou as cidades de Filipos e Corinto, e escreveu as cartas de 1 Timóteo e Tito. Entretanto, em 67, Paulo foi preso novamente.
Durante sua última prisão, Paulo escreveu a segunda carta a Timóteo. Em 67 d.C., ele foi martirizado por causa de sua devoção ao amado Salvador, Jesus Cristo.
A principal característica da vida de Paulo
Quando Deus disse a Ananias para procurar Saulo, Ele disse que estaria orando. Com certeza, foi exatamente isso que Ananias o encontrou fazendo. Acho que Saulo provavelmente estava pedindo a Deus que perdoasse todos os erros que ele havia feito.
Você pode imaginar como seria difícil aceitar o perdão de Deus se você não apenas tivesse sido um assassino, mas também tivesse caçado deliberadamente os seguidores de Jesus Cristo e causado sua morte prematura? Como seria difícil ter isso em sua consciência!
Mas Saulo orou e, no processo, descobriu que a intimidade poderia ser encontrada com esse Deus que ele só conhecia de uma maneira distante antes. Você não pode deixar de notar ao ler suas epístolas que a oração caracterizou a vida de Paulo. Muitos deles começam ou terminam com belas orações. Foi Paulo quem nos disse para orar sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17).
Paulo também praticava o que pregava. Quando ele e Silas foram presos por pregarem o evangelho, eles oraram e cantaram louvores a Deus à meia-noite, e os outros presos os ouviram. Agora, quem iria querer orar em um momento como esse?
Mas em vez de amaldiçoar os homens que os colocaram lá, eles estavam abençoando a Deus. Não admira que os outros prisioneiros os ouvissem. Esta foi a transformação que ocorreu na vida de Paulo. Ele era um homem de oração.
Você é um homem ou uma mulher de oração? A oração caracteriza sua vida? Deveria. Se você quer viver esta vida cristã de forma eficaz, então você precisa aprender a orar.
Quantas vezes Paulo naufragou?
Em muitas das viagens de Paulo, ele viajou de barco. Como você pode imaginar, os barcos não eram tão seguros no primeiro século, especialmente em viagens longas. Em sua segunda carta aos Coríntios, provavelmente escrita antes de sua última viagem a Jerusalém, Paulo afirma que naufragou três vezes:
“Três vezes fui espancado com varas. Uma vez fui apedrejado. Três vezes naufraguei; uma noite e um dia fiquei à deriva no mar.” – 2 Coríntios 11:25
Não há nenhum outro registro desses naufrágios nas epístolas ou em Atos, mas Atos 27 registra um quarto naufrágio com muito mais detalhes. No caminho de Paulo para o julgamento em Roma, seu barco encontra uma tempestade brutal e águas perigosas. Os soldados tomaram medidas drásticas, mas um anjo falou com Paulo, e ele os encorajou e aconselhou ao longo do caminho.
A prisão domiciliar de Paulo (Atos 28:14-31)
Ao apelar para César, Paulo forçou Festo a enviá-lo a Roma para aguardar julgamento. Quando ele finalmente chegou, “Paulo foi autorizado a viver sozinho, com um soldado para protegê-lo” (Atos 28:16).
Aqui, Paulo pregou livremente aos judeus em Roma por dois anos. Os estudiosos acreditam que isso é provável quando ele escreveu sua carta aos filipenses, porque ele faz referência a estar acorrentado (Filipenses 1:12-13).
O Livro de Atos termina com Paulo sob prisão domiciliar, e não aprendemos muito mais sobre a situação nas epístolas, e os estudiosos debatem se Paulo foi ou não libertado da prisão domiciliar. Alguns argumentam que suas cartas falam de sua prisão no passado e fazem referências a coisas que só poderiam ter ocorrido após sua prisão domiciliar.
Por exemplo, em 2 Timóteo (acredita-se que Paulo tenha escrito pouco antes de sua morte), ele faz referência a uma recente viagem a Trôade (2 Timóteo 4:13). Essa referência seria impossível se ele já estivesse preso em Cesaréia por mais de dois anos antes de sua prisão domiciliar em Roma.
Se Paulo realizou ou não uma quarta viagem missionária (talvez para a Espanha) depende principalmente de se ele foi preso em Roma uma ou duas vezes.
Quanto da Bíblia Paulo escreveu?
O apóstolo Paulo é tradicionalmente considerado o autor de 13 livros do Novo Testamento. Aqui estão os livros atribuídos a ele:
- Romanos
- 1 Coríntios
- 2 Coríntios
- Gálatas
- Efésios
- Colossenses
- 1 Tessalonicenses
- 2 Tessalonicenses
- 1 Timóteo
- 2 Timóteo
- Tito
- Filemon
Essas cartas ou epístolas, Paulo escreveu para igrejas que plantou e pessoas que ele presumivelmente encontrou nas viagens missionárias que vemos no Livro de Atos.
As cartas fazem referência a muitos dos eventos registrados em Atos, que os estudiosos usaram para construir linhas de tempo mais claras da vida e ministério de Paulo.
Como o apóstolo Paulo morreu?
A Bíblia não nos diz como Paulo morreu, mas vários pais da igreja primitiva escreveram que ele foi decapitado, provavelmente pelo imperador Nero. Isso aconteceu provavelmente em algum momento antes de 68 dC.
Clemente de Roma forneceu o mais antigo registro sobrevivente da morte de Paulo em sua carta aos Coríntios (conhecida como 1 Clemente), onde ele menciona que Paulo e Pedro foram martirizados.
Uma obra apócrifa do século II, conhecida como Atos de Paulo, diz que Nero mandou decapitar Paulo. E em 200 dC, Tertuliano escreveu que a morte de Paulo foi como a de João Batista (decapitação). Outros escritores cristãos primitivos apoiam essas afirmações e fornecem alguns detalhes adicionais, como onde aconteceu (Roma) e onde ele foi enterrado (a Via Ostiana em Roma).
Curiosidade: restos de Paulo – Em 2002, os arqueólogos encontraram um grande sarcófago de mármore perto do local descrito por Jerônimo e Caio. Nele estava escrito “PAULO APOSTOLO MART” (Paulo apóstolo mártir). Ninguém nunca abriu o sarcófago, mas usando uma sonda e datação por carbono, os arqueólogos estimaram que os restos no interior eram do primeiro ou segundo século. O Vaticano afirma que estes são de fato os restos mortais de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.
Lições da vida do apóstolo Paulo
Apesar de não ser um dos discípulos que andou com Jesus, a influência de Paulo paira sobre a igreja primitiva. Aqui estão 3 lições que podemos aprender com sua vida.
1. Ele não viveu para agradar ao homem, mas para agradar a Deus.
“Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo.” Gálatas 1:10
2. Humildade
“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.
E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
De alguém assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas.” 2 Coríntios 12:2-5
Esse homem qual Paulo fala, é ele próprio. Mas, por causa de sua humildade, ele não se vangloriou pela experiência, antes reconheceu sua fraqueza. Que exemplo de humildade o apóstolo nos ensina.
3. É importante o contentamento.
Como observamos anteriormente, Paulo sacrificou muito para seguir a Jesus. Ele não apenas acabou entregando sua vida, mas também sofreu:
- açoitamento
- Batendo com varas
- Apedrejamento
- Prisão
- Naufrágios
- Fome
- Frio
- Insônia
E, no entanto, Paulo diz à igreja de Filipos o seguinte:
“Não estou dizendo isso porque estou passando necessidade, pois aprendi a estar contente em qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de estar contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado ou com fome, vivendo na abundância ou na necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:11-13, NVI).
Jesus nos dá a força para estarmos contentes em todas as circunstâncias. Isso significa que podemos ter uma sensação de paz que vem da reconciliação com Deus por meio de Cristo e sabermos que Ele está no controle de nossa vida. Quando entendemos essa verdade, e aprendemos o contentamento, passamos a viver em paz.
Visão geral da biografia de Paulo, o pregador dos gentios
O que extraímos da vida de Paulo é uma compreensão incrível do que Deus é capaz de fazer com alguém que esteja totalmente entregue a Cristo.
Alguém cheio do Espírito, que viveu a sua vida com a paixão convincente para viver o plano que Deus tinha para ele. Veja o que ele disse:
…esquecendo-me das coisas que para trás ficam […] prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Filipenses 3:13–14
Gostou deste estudo sobre a vida e ministério de Paulo? Então veja mais:
muito bom
que Deus continue abençoando quem escreveu esse documento.
meus parabéns.
gloria deus nós aprendemos muito com o grande a postulo dos gentios. que deus contenui abencoando a todos voces na paz do senhor, muito obrigado por ter nos enviados estes estudo da palavra de deus.
quero parabenizar a quem criou este pequeno estudo sobre a biografia de Paulo . muito bom e claro.
Excelente estudo
Muito bom.Vou copiar e estudar.
Muito edificante.
EU AMEI ESTE ESTUDO QUE DEUS POSSA ACADA DIA ABENÇOANDO A VOCES….
Estou amando este conteúdo podiam, explicar tudo sobre a Bíblia em detalhes pra melhor entender
Excelente biografia
Boa tarde
amei esses estudos são edificantes aprendi muita coisa boa e interessante.
Maravilhoso estudo e muito edificante aprendi muito e quero mais muito obrigado
Excelente relato da vida e obra do Apóstolo dos gentios . Parabéns